sábado, setembro 02, 2006


TV Digital no Brasil... só depois das eleições
Por Manuela Allain Davidson


Ilustração: MAD

Antes, a pendenga era para o Brasil escolher um padrão. Agora, a pendenga é QUEM vai produzir as caixas conversoras do sinal digital para a velha TV que temos em casa. São mais de 80 milhões de televisores analógicos no Brasil e um volume de negócios estimado em R$ 8 bilhões motivando a disputa entre o pólo industrial da Zona Franca de Manaus e o resto do País – com o devido apoio da Receita Federal.

Manaus quer produzir tudo em casa. Hélio Costa (sempre ele!) quer que as caixinhas (STB) sejam produzidas como bem de informática em diferentes estados, o que teoricamente reduziria o custo final para o consumidor. E Lula já mandou a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff ir para o meio do campo de batalha para segurar as feras. Afinal, essa briga não é nada conveniente para quem está em campanha de reeleição.

Segundo a revista eletrônica Bites (01/09/2006, edição 343), o presidente presidenciável Luís Inácio Lula da Silva teria prometido achar a melhor saída para essa confusão ‘depois de reeleito’. Isso porque já existem bancadas parlamentares se armando até os dentes para garantir que seus estados sejam beneficiados com a produção, comercialização e impostos gerados nesta primeira fase da TV digital terrestre brasileira.

"Round and round and round it goes. Where it stops nobody knows".



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