Quem entende o ministro Hélio Costa?
Por Manuela Allain Davidson
O tapetão debaixo do Hélio Costa não me sai da cabeça. Acho que um dia vai sair tanto bicho dali... Como os conterrâneos mineiros dele diriam, ô homi difícir de entendê, sô. Uma hora o ministro faz a maior força em prol do monopólio de TV terrestre. Na outra, quer forçar a Anatel a aceitar operadoras de telefonia fixa como novos players do mercado de banda larga sem fio WiMax. E está pronto pra fazer valer a sua autoridade – mesmo que ameaçando a sobrevivência da agência reguladora.
Deixa eu me explicar melhor. Na novela da TV digital, muita gente cansou de dizer que abrir o mercado para as empresas de telecom aumentaria o poder de oferta de serviços interativos para a população brasileira. Até porque a TV não tem como ser um meio interativo se não houver canal de retorno para que o cidadão que está em casa também se torne um emissor de conteúdo. O que chamam de interatividade local é download de conteúdo e ilusão de participação para o usuário.
Pois bem, as empresas de telecom ficaram fora dessa e o Brasil adotou um padrão que tecnologicamente vai custar mais caro para a população. O Blog da TV Digital, listado no menu à direita, traz muito mais detalhes dessa pendenga e todos os seus entraves legais. Recomendo a leitura aos mais curiosos.
Mas aí vejam só... Agora o ministro quer abocanhar para as telcos um mercado que a rigor não lhes diz respeito. Tá mais difícil de entender a que santo ele se devota do que antecipar os movimentos do audaz agente da UCT de Los Angeles, Jack Bauer, na terceira temporada da série de TV 24 Horas (grande ganhadora do Emmy 2006).
Nesta edição do show, Bauercomeça prendendo um criminoso que depois ajuda a escapar e alia-se ao sujeito em troca de US$ 15 milhões. Mas na verdade tudo era uma manobra para usar o tal cara como isca para criminosos ainda mais perigosos. Bauer pelo menos a gente já entendeu. Mas pra entender Hélio Costa vamos ter que afastar os móveis e dar uma olhadinha em baixo do tapete dele mesmo.
GOOGLE ANALYTICS
Depois do Adsense e AdWord, o MADPixel agora também adotou o Google Analytics. Para os que ainda não conhecem a ferramenta – porque passou a ser oferecida gratuitamente há pouquíssimo tempo – fica a dica.
A engenhoca nos permite controlar o tráfego de acesso por períodos definidos por nossa equipe (dia, semana, mês...) e acompanhar quais páginas estão motivando navegação dos nossos leitores/internautas. Também nos diz de onde os leitores estão vindo (Google, Orkut, emails, digitando o endereço no browser, enfim...). É uma ótima ferramenta de gestão para empreendedores online.
Graças ao Analytics, descobrimos que estamos sendo lidos em sete cidades dos EUA, duas da Europa (Espanha e Inglaterra) e dezenas de cidades brasileiras que eu nunca tinha ouvido falar. São o caso de Inhumas, Cariacica, Goiabeiras e Galópolis, por exemplo. Obrigada pela audiência, gente!
SERVIÇO
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segunda-feira, agosto 28, 2006
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3 comentários:
Manu, não sei até que ponto essas estatísticas de "endereçamento de origem" são confiáveis.
Esse tráfego originário de tantas cidades estranhas (ou não) como Inhumas, Cariacica e Goiabeiras pode, ser verdadeiro, como pode ser todo oriundo de Recife e adjacências mesmo.
Lembre-se que o endereço IP de cada PC é dinâmico e sua faixa é atribuída aleatoriamente por um servidor (DHCP) do seu provedor/comanhia de acesso à internet.
Se acabou uma faixa, ele atribui de outra disponível que pode estar "registrada" para outra área geográfica ou até mesmo outra sub-empresa ou filiada.
Exemplo? Sempre uso o Velox, aqui mesmo de Recife, mas várias vezes, em diversos outros sites de estatísticas (só para citar um mencionarei o Extreme Tracking) me alocam como se eu em Recife, Olinda, Jaboatão e até Rio de Janeiro.
Com um país tão grande e com poucas e gigantes companhias de acesso à net, como a Telemar (cadê meu dinheiro pelo Jabaculê?) fica difícil dizer que Maria está em Recife acessando do Mercado da Madalena, comendo sarapatel na banca de Tio Biu, sem que se cruze o IP dela com maiores dados como é o caso do login de usuário.
É Bibo, eu imagino que seja uma referência aos pontos de presença mesmo. Mas em alguns casos, como Madri, Funchal e Tucson, confirmei com os leitores quando eles acessaram ;)
O Google Analytics pode não dar a localização exata do internauta dentro do Mercado da Madalena como a UCT - do Jack do post - conseguiria, mas ainda assim é uma grande informação! :)
Pelo menos para os que, como eu, não nasceram com vocação pra Chloe O'Brien, hehe!! E o melhor: é grátis!
Manu, 10. Gostei muito. Obg. Jayme
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