sexta-feira, setembro 15, 2006

Sexo como conteúdo para TV portátil
Por Manuela Allain Davidson


Ilustração: MADPixel

Atenção. Este post contém informações impróprias para menores de 18 anos. Se você tem problemas cardíacos ou senso de moralidade susceptível a fortes impactos, pare de ler agora. Lembro apenas que como jornalista e redatora do MADPixel a minha missão é apresentar os fatos dentro de uma perspectiva de criação e negócios. E nada na Web ou demais mídias vende mais do que sexo.

Durante a semana que passou, fiz um curso sobre transmissão de tevê digital por rádio-freqüência e satélite. No cardápio das aulas também vimos algo sobre a transmissão de conteúdo televisivo para celulares, palmtops e consoles de game portáteis como o PSP (Playstation). Em meio a densos gráficos de eletrônica surge uma informação nova. “Vocês sabem onde o usuário de TV portátil mais assiste tevê?”, perguntou o treinador Cristóvam Nascimento.

A resposta pipocou automaticamente na minha cabeça: “em meios de transporte coletivo”. E eis que veio a resposta surpresa. “No banheiro”, disse o Cristóvam. Meio que perplexa, continuei ouvindo. E os exemplos que ele apresentou fizeram um super sentido. Os tais usuários de banheiro era pessoas que não queriam perder os gols do seu time de futebol favorito enquanto tiravam água do joelho ou resolviam um assunto mais sério no banheiro. Ou ainda pessoas que não queriam perder capítulos de uma novela das oito... e por aí vai.

Eu não tinha lido nada parecido sobre esse tipo de comportamento em nenhuma pesquisa sobre mobile TV até o momento. Mas aí, hoje, recebo uma informação caliente sobre ‘conteúdo adulto’ para tevês de bolso. A inglesa Juniper Research afirma que os vídeos adultos vão passar a perna nos serviços de SMS, gerando £ 1.44 bilhão em volume de negócios até 2009 (Mais de R$ 5 bilhões). É imaginar uma revista Playboy em vídeo, por exemplo, indo com o usuário aonde ele for [inclusive o banheiro] – longe da esposa (marido), do chefe e das câmeras de vigilância tipo Big Brother que regulam boa parte dos espaços que circulamos no dia-a-dia.

Alguém duvida que sexo possa ser vendido como conteúdo pay-per-view ou de vídeo sob demanda? Ou ainda... de uma maneira mais espontânea e interativa... por trocas de mensagens multimídia (MMS) entre usuários de celular? Agora imaginem aqueles anúncios de sexo por telefone que sempre saem nos cadernos de classificados dos jornais impressos oferecendo números para troca de mensagens multimídia com os clientes e close-ups inimagináveis. Literatura de banheiro evoluída, hein?

2 comentários:

Gustavo disse...

Hahhaha... Belo incentivo aos produtores deste tipo de conteúdo. Nunca elaborei nada a respeito, mas me proponho. Alguém mais? Bjo Manu e bom findi! Ah, vá assistir A casa do Lago, vale muito a pena...

Manuela Allain Davidson disse...

Pois é, Gus! Ainda não vi a Casa do Lago, mas tô louca pra ir. Primeiro tive que ir a O Diabo Veste Prada, claro!! Foi uma história tão familiar pra mim!! Hahahaha :D Beijo!