sexta-feira, agosto 18, 2006



Podcast: uma conversa ao pé do ouvido do consumidor
Por Anna Dias


Foi assim com os blogs. Os diários virtuais se popularizaram entre os internautas para, então, serem vistos como "sérios" por empresas e grupos de mídia. Neste caminho, estão atualmente os Podcasts. Cada dia mais presentes no relacionamento entre empresas e clientes.

No Brasil, pra citar alguns exemplos, a
prefeitura de São Paulo atualiza os cidadãos com informações sobre a administração do município com reportagens, entrevistas e pronunciamentos. Também em nosso território é possível ver empresas dedicadas à produção de conteúdos para essa nova mídia.

Heineken, a cerveja "canarinha" Kaiser, General Motors, Microsoft. Todas elas, adeptas a possibilidade de falar ao "pé do ouvido" do consumidor. Embora seja uma mídia recente (com data de nascimento em 2004), a maior parte dos experts em internet e marketing estão de acordo com relação ao potencial oferecido pelo Podcast como canal de comunicação para as audiências internas e externas.

Na Escócia,
hospitais - Glasgow Royal Infirmary e sua unidade neonatal Princess Royal Maternity Hospital - escolheram reprodutores de mp3 para formar os novos integrantes da equipe. Os "novatos" visitam as instalações do centro hospitalar atentos às informaçoes sobre os cuidados que devem tomar na prevenção de infecções ou a melhor maneira de mover os pacientes na cama.

A produção e divulgação descentralizadas de conteúdo oferecidas pelas novas mídias transferiram ao usuário possibilidades de escolha. Mas não apenas isso. Ao contrário dos meios de comunicação de massa, que centralizam o poder de emissão dos conteúdos num só sentido (de um pra todos), as novas tecnologias permitem um fluxo diferenciado (de todos para todos).

Qualquer um com um microfone e um software de edição de áudio (gratuitos e facilmente encontrados na rede) pode produzir diretamente um programa de rádio (ou qualquer outro arquivo sonoro: livros, poemas, rotas turísticas, material didático). E não apenas produzir. Emitir direto na Web pra quem quiser ouvir: no momento que quiser e onde bem entender.

Aqui na Espanha, tradicionais meios de comunicação também se somaram à lista de empresas "podcastiadas". No caso do jornal
El Mundo, Rosa, uma máquina, ou melhor, um assistente de leitura automática é a locutora. Trabalha durante as 24 horas do dia para ler as manchetes atualizadas a cada instante. A inovação, permite que a informação seja acessada por um coletivo mais amplo de usuários: pessoas com dificuldades de leitura ou com capacidades sensoriais limitadas (deficientes visuais, terceira idade, etc).

A propósito, o que vocês andam encontrando de interessante sobre isso? Alguma dica?


Um comentário:

Manuela Allain Davidson disse...

Bela estréia, Anninha!! Eu imagino se as ROSAS da vida não farão concorrência a certos locutores de rádio, por exemplo, do mesmo jeito que os responsáveis pelos portões de entrada de estacionamentos de shoppings e livrarias foram substituídos por 'cancelas' automáticas...

Imagina só, a gente teria narradores virtuais, seguindo à risca o texto produzido nos bastidores, sem caquinhos e sem falhas de dicção. Quantas horas isso não economizaria em gravação de narrações em offs para vídeo, por exemplo?

Tenho a impressão de que muitos empresários usariam a tecnologia pra fazer a famosa 'reengenharia' de quadro. Amigos radialistas, atenção! A bela voz não garante mais trampos!!